segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Por dinheiro

É impressão minha ou a Ferrari mudou seu logotipo para ficar parecido com o de seu patrocinador, proibido de exibir a marca nos carros e macacões?


A equipe já havia sido alertada para retirar o código de barras que ficava na lateral de seus monopostos por conter mensagem subliminar da marca de cigarro. Pelo visto, encontraram um jeito de agradar o patrocinador, com quem acabou de renovar contrato até 2013 como title sponsor, aquele que dá nome ao time: Scuderia Ferrari Marlboro. Permanece o único time patrocinado pela indústria tabagista.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Asfalto liso, bueiro fundo

A iniciativa merece aplauso, afinal nós cariocas estamos acostumados com trilhas de rali, não com pistas urbanas. Desde os tempos em que eu ia para Vila Valqueire para o ensaio da minha banda, eu tinha a sensação de estar numa pista de teste para os amortecedores do carro.

O que me incomoda neste tipo de medida é que, normalmente, é a única chance em anos de se corrigir um problema. Quando terminarem o trabalho, é nesse asfalto que vamos rodar pelos próximos cinco, oito anos. Então precisa ficar perfeito.

Mas como esse tipo de coisa é extremamente rara por aqui (quem já viu uma calçada com pedras portuguesas perfeitamente ajustadas ou de cimento sem remendos ou buracos?), os bueiros são tão fundos que podem causar um dano sério na suspensão dos carros ou mesmo furar um pneu.

O trabalho todo já deve ser muito caro e absolutamente necessário. Será que não era possível gastar um pouquinho a mais e nivelar os bueiros para ficar perfeito?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Caldeirão

Fui enviado pelo meu trabalho para a Campus Party em São Paulo para recolher e compilar ideias sobre mídias sociais. Não tinha muita noção de como seria isso mas, pelo teor das palestras, vi que poderia ser muito interessante.

No primeiro dia, pude assistir a uma palestra/debate de Al Gore e Tim Berners-Lee, que falaram sobre a horizontalização do processo comunicacional que a internet proporcionou e da incapacidade dos governos e legislações de acompanharem as mudanças na velocidade da rede. Eles chamaram a atenção para a tentativa de grandes grupos de dominarem a internet e da necessidade de se mantê-la livre de controles e amarras. Claro, Gore não perdeu a oportunidade de chamar a atenção para a questão ambiental e como a internet pode ajudar a causa.

Vi André Forastieri falar muita besteira sobre imprensa e mídias digitais numa discussão sobre confiabilidade em redes sociais. Assisti também a dois debates políticos, um de Marina Silva, que eu continuo considerando uma pessoa incoerente com sua história embora a admire bastante, e outra dos coordenadores de mídias sociais das campanhas dos três principais candidatos à presidência ano passado. Uma delas, Soninha Francine, não se saiu muito bem ao meu ver, principalmente quando disse que o SBT inventou o episódio da bolinha de papel do Serra e a manada foi atrás. Falaram sobre liberdade de imprensa e contra a censura prévia imposta ao Estadão durante o caso Sarney, algo com que eu concordo.

Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações, falou sobre as perspectivas da universalização da internet no Brasil com ideias que me pareceram deveras interessantes, embora eu não saiba se vão sair do papel.

Em torno disso tudo, milhares de pós-adolescentes acampados vendo e ouvindo tudo atentamente, analisando, participando, perguntando e, com certeza, pensando como carreiras estão ligadas ao futuro do país.

Quem tiver oportunidade de visitar a Campus Party ano que vem, deve aproveitá-la. Não sei se em algum outro lugar fervilham tantas ideias ao mesmo tempo.

Atualização em 21/1: Foram distribuídas máscaras com o rosto de Julian Assange em protesto contra a perseguição ao fundador do WikiLeaks.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Recuperada?

Há dois anos e meio escrevi um artigo sobre Amy Winehouse e seus, digamos assim, hábitos extravagantes. Eis que ontem fui surpreendido por uma cantora vigorosa, com uma voz forte e novas composições no show que fez no HSBC Arena, aqui no Rio.

Amy está razoavelmente recuperada da dependência das drogas, sabe-se lá por quanto tempo, mas fico feliz em ver que, ao que tudo indica, eu estava errado ao dizer que ela não duraria muito devido ao seu comportamento autodestrutivo.

Apesar de curto, o show foi ótimo. Como esperado, ela esqueceu a letra de uma música no começo e teve uma crise de riso que atrapalhou a primeira estrofe da canção. Mas o público, em vez de se irritar, foi ao delírio, pois essa é uma das marcas registradas da cantora.

Bem, enquanto aguardamos o terceiro disco aproveito para recomendar para quem tiver uma chance, assistir a seu show. Afinal, nunca se sabe.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fórmula 1 e meio-ambiente

A Federação Internacional do Automóvel acenou para uma Fórmula 1 mais verde em 2013. Depois de desistir do uso de biocombustíveis misturados à gasolina devido à possibilidade de escassez de alimentos – um erro de julgamento –, a FIA aposta numa redução do consumo de combustível pelos motores.

Durante muito tempo, a categoria foi atacada por entidades como o Greenpeace por gerar uma quantidade excessiva de poluentes, considerando os testes, as corridas e, principalmente, as viagens e os deslocamentos. O que os ecologistas falham em considerar é que qualquer avanço tecnológico gerado nos carros de corrida é subsequentemente transmitido para os carros de passeio.

As novas regras dos motores devem garantir uma redução de 35% no consumo de combustível com possíveis motores turbo e sistemas de recuperação de energia cinética (kers). Se esse avanço na eficiência energética chegar à indústria automotiva, pode-se imaginar a diferença que isso vai fazer no meio-ambiente.

Às vezes falta a essas organizações distanciamento suficiente para ter a capacidade de se enxergar o quadro completo.