quinta-feira, 5 de abril de 2012

A solução está na educação

O título deste artigo parece óbvio. E é. Então, o que nos impede de melhorar a Educação no Brasil? A resposta é "nada". Na verdade, a passos de tartaruga, a educação está melhorando, mas não de forma estrutural.

Professores primários são extremamente mal remunerados no Brasil, o que torna lecionar em escolas públicas municipais e estaduais extremamente desinteressante, uma última opção para quem não conseguiu arrumar outro emprego e um trampolim para melhores oportunidades.

Dessa forma, os alunos, cuja estrutura familiar muitas vezes já é prejudicada pela falta de educação e cultura formal, acabam semi-alfabetizados por professores sem o menor estímulo e, muitas vezes, sem o menor preparo para educar. Esse ciclo foi comprometendo gerações e mais gerações até chegarmos no estado atual – precisando importar mão de obra estrangeira para suprir os postos de trabalho especializados. E o Brasil para de crescer porque muitos destes postos ficam ociosos.

A solução para isso é a mais simples possível, tanto que chega a ser óbvia e ridícula: o professor primário deveria ganhar tanto ou mais que o professor universitário, pois assim é sua importância. Um salário inicial de sete ou oito mil reais atrairia profissionais gabaritados e educadores pós-graduados passariam a ter escolas como sua primeira opção. Esse aumento de salário resolveria quase todos os problemas do país, desde a violência até o crescimento econômico, em apenas uma geração, menos de vinte anos.

O Brasil tem dinheiro para isso, pois o Tesouro não para de acumular divisas. Hoje, prefeituras com orçamentos restritos são os maiores responsáveis pelos salários dos professores, mas o que impede o Governo Federal de ajudar sob forma de bônus? O que de fato impede que o Brasil pague a seus professores primários a mesma coisa que ganham os professores de cursos superiores? Sinceramente eu não sei.