O Rio de Janeiro vai de mal a pior em questão de imprensa. Antes, havia dois grandes jornais com linhas editoriais distintas, O Globo e o Jornal do Brasil. Ainda que ambos tivessem um viés mais direitista, o primeiro era mais dirigido à classe média e o segundo, mais elitista. Para as classes mais baixas, existia O Dia, que foi melhorando de qualidade até o golpe do lançamento do Extra, pela empresa do Roberto Marinho, que era vendido a um preço ridiculamente baixo (R$0,25, se não me engano).
Hoje, não há mais JB. Há, mas não há. Inclusive há boatos de que a edição impressa deixará de circular e o jornal vai ser publicado exclusivamente online. O nível do Dia teve de descer ao do Extra para fazer frente junto ao seu público. Sobrou apenas O Globo.
O que me incomoda no jornal não é somente a linha editorial baseada no denuncismo e na busca pela desordem institucional. É o sensacionalismo, que ultimamente vem se colocando no nível dos programas mais vulgares como o de José Luiz Datena e Wagner Montes. A imagem abaixo é um excerto da edição online de hoje de manhã. Se espremer, sai sangue.
Jazz sem amarras
Há 4 dias