Ontem morreu o cinegrafista Gelson Domingos, da Rede Bandeirantes, durante uma troca de tiros na favela de Antares, em Santa Cruz. Quando morre um jornalista, ouvimos os mais diversos disparates, desde a crítica em relação ao empregador que, segundo alguns, deveria ter provido maiores condições de segurança para seu funcionário, até frases desconexas sobre liberdade de imprensa.
O colete balístico que o repórter utilizava era o mais resistente permitido pela lei. Atentado à liberdade de ir e vir, com certeza, mas apenas autoridades têm o poder de praticar atos contra a liberdade de imprensa. O fato é que, assim como aconteceu com o jornalista Tim Lopes, o jornalismo policial nesse nível é muito próximo da correspondência de guerra e tem os seus riscos. Entrar num tiroteio durante uma invasão policial é um risco calculado, tanto que foi o primeiro profissional de comunicação que morreu desta forma, mas o risco está lá.
Gelson tinha décadas na profissão e até então nada lhe havia acontecido. Outras pessoas estavam lá e agiram da mesma forma. O que aconteceu foi apenas uma fatalidade.
Que SUBSTÂNCIA é essa!!!
Há uma semana