A Odebrecht enfrenta a maior crise de sua história. Não é para menos: a maior empreiteira transnacional do Brasil se viu metida até o último fio de cabelo na sequência de escândalos investigados pela operação Lava-Jato.
Atualmente, a empresa não consegue mais participar de licitações, nem no Brasil, nem no exterior, e precisa lidar com os caríssimos custos do processo, pagamentos de dívidas e multas pesadas. Amarga prejuízos seguidos, mas jura que segue firme e forte rumo a sua recuperação.
A OAS segue pelo mesmo caminho: com dívidas bilionárias, começa a se desfazer de seu patrimônio. Já em 2015, sua dívida era de três vezes o valor de seus ativos, com juros que chegam a 200 milhões de reais por ano. Em circunstâncias normais, de alto faturamento, isso não seria um problema, mas com a empresa investigada, a receita passa a ter problemas para cobrir essa dívida.
Mas a quem interessa o fim das grandes empreiteiras brasileiras? Atualmente, muita gente tem a ganhar. O Brasil? Nem tanto. Em agosto, a Odebrecht vendeu a maior hidrelétrica do Peru para um consórcio liderado pela CTG, estatal chinesa. Sua parte do Galeão, maior aeroporto do Rio de Janeiro e quarto do Brasil, também está sendo vendida. Para quem? Para os chineses, para a HNA Infrastructure, que já é dona da Azul Linhas Aéreas. Fontes afirmam que a fatia da Odebrecht da Supervia e do VLT também estão à venda para grupos estrangeiros. Aliás, a OAS está se desfazendo de sua fatia de 24,4% da Invepar, que opera o VLT até 2038. Compradores? O Fundo Mubdala, de Abu Dhabi.
Não estou aqui querendo defender as duas empreiteiras, mas será que passar nosso sistema de transporte para a mão de estrangeiros é, realmente, bom para o Brasil? Só para lembrar, o grupo Mubdala foi quem salvou Eike Batista aceitando ações da OSX e da CCX como pagamento pela dívida do ex-bilionário e, boatos correm, está negociando a compra da JBS, dos irmãos Batista. E a HNA tem uma nuvem de fumaça à sua frente, envolvendo um bilionário foragido com graves denúncias sobre um grande esquema de corrupção envolvendo o obscuro governo chinês, que sustenta a empresa através de seu banco estatal.
Estamos mesmo fazendo um grande negócio, matando nossas empreiteiras e entregando nosso patrimônio para as gigantes e obscuras mãos dos chineses e dos árabes? Será que não há uma alternativa mais, digamos assim, nacionalista?
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domingo, 17 de setembro de 2017
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Russia e China mais próximos, ganha o meio ambiente?
Os americanos e europeus cometem, repetidamente, erros estratégicos em relação à geopolítica global. A Europa depende fortemente do gás russo, então precisa contemporizar qualquer absurdo que império de Pútin cometa, mas seguiu a diretriz global de isolar a república devido a seu posicionamento (leia-se "intervenção") em relação à crise da Ucrânia, o que produziu um grave efeito colateral.
No dia 21 de maio, Rússia e China assinaram um acordo de torno de 400 bilhões de dólares por 30 anos de fornecimento de 38 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano para os chineses. Este valor foi considerado baixo por especialistas, mas Pútin precisava buscar opções para fugir do isolamento e acabou por abraçar o maior rival do Ocidente: a China.
Bom para o país oriental, que passa a contar com uma grande fonte de energia, ruim para Estados Unidos e Europa, que fortaleceram seu maior adversário. Mas existe ainda um aspecto que ninguém considerou: a possibilidade da China estar começando a substituir sua principal fonte de energia e uma das mais poluentes que existem, o carvão, pelo gás natural, combustível infinitamente mais limpo. Ganha o meio ambiente.

Bom para o país oriental, que passa a contar com uma grande fonte de energia, ruim para Estados Unidos e Europa, que fortaleceram seu maior adversário. Mas existe ainda um aspecto que ninguém considerou: a possibilidade da China estar começando a substituir sua principal fonte de energia e uma das mais poluentes que existem, o carvão, pelo gás natural, combustível infinitamente mais limpo. Ganha o meio ambiente.
domingo, 30 de agosto de 2009
Made in China II

Não bastasse ser uma escova genérica, parecia ser de péssima qualidade, além de não ser recomendada pela Associação Brasileira de Odontologia. Isso representa um perigo, pois a composição e o grau de rigidez das cerdas pode prejudicar a gengiva e o esmalte dos dentes.

Isso já seria motivo suficiente para não se comprar a escova. Mas, para piorar, algumas embalagens vinham com o produto encardido! Em que condições essas escovas são produzidas e embaladas? Qual é a origem do material usado? Até porque, descobriu-se que muitos elásticos de cabelo fabricados naquele país são produzidos a partir de camisinhas usadas num esforço para aproveitamento total e acabam custando muito barato. Será que são estes que chegam nos camelôs brasileiros?
Bem, resolvi comparar com uma escova muito parecida, a Colgate Extra Clean, que tem o mesmo limpador de línguas e um formato praticamente idêntico. Pela foto, dá para notar que é uma cópia cuspida (com o perdão do trocadilho), a não ser pela disposição das cerdas, que é ligeiramente diferente.
Aliviado por ter um produto de qualidade em casa em vez de um genérico suspeito, qual foi a minha surpresa quando vi a etiqueta: o produto também é produzido na China. E agora?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Made in China
O Brasil possui uma das maiores indústrias têxteis do mundo. São mais de 30 mil empresas compondo a cadeia, faturamento superior a R$ 30 bilhões anuais, exportações que superam R$ 2 bilhões, mais de 1,5 milhão de empregos e quase 20% do PIB do país passa por essa cadeia produtiva.
Ainda assim, temos lojas de moda que importam suas coleções de outros países, principalmente da China. Dessa forma, pagam muito pouco por seus produtos e aumentam as margens de lucro. Já seria razão suficiente para comprar produtos nacionais o fato do dinheiro permanecer no país, mas existe muito mais.
Na China, os direitos trabalhistas são precários e, mesmo assim, raramente cumpridos. A qualidade de seus produtos, seja do tecido, seja de sua tintura (lembre-se do caso Mattel) tem pouco controle e, até onde sabemos, crianças são usadas no trabalho agrícola.
Será que não vale a pena pagarmos um pouco mais por produtos nacionais, que geram emprego e fazem circular dinheiro no Brasil? Até quando vamos ficar com essa hipocrisia de criticar o que os outros fazem e contribuir para que suas práticas se perpetuem?
É fácil descobrir quando um produto é nacional ou chinês: basta olhar a etiqueta. Já fui surpreendido por lojas conceituadas que não podiam consertar uma peça defeituosa porque as roupas "vêm prontas da China". Olhe a etiqueta antes de comprar.

Na China, os direitos trabalhistas são precários e, mesmo assim, raramente cumpridos. A qualidade de seus produtos, seja do tecido, seja de sua tintura (lembre-se do caso Mattel) tem pouco controle e, até onde sabemos, crianças são usadas no trabalho agrícola.
Será que não vale a pena pagarmos um pouco mais por produtos nacionais, que geram emprego e fazem circular dinheiro no Brasil? Até quando vamos ficar com essa hipocrisia de criticar o que os outros fazem e contribuir para que suas práticas se perpetuem?
É fácil descobrir quando um produto é nacional ou chinês: basta olhar a etiqueta. Já fui surpreendido por lojas conceituadas que não podiam consertar uma peça defeituosa porque as roupas "vêm prontas da China". Olhe a etiqueta antes de comprar.
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