Fui enviado pelo meu trabalho para a Campus Party em São Paulo para recolher e compilar ideias sobre mídias sociais. Não tinha muita noção de como seria isso mas, pelo teor das palestras, vi que poderia ser muito interessante.
No primeiro dia, pude assistir a uma palestra/debate de Al Gore e Tim Berners-Lee, que falaram sobre a horizontalização do processo comunicacional que a internet proporcionou e da incapacidade dos governos e legislações de acompanharem as mudanças na velocidade da rede. Eles chamaram a atenção para a tentativa de grandes grupos de dominarem a internet e da necessidade de se mantê-la livre de controles e amarras. Claro, Gore não perdeu a oportunidade de chamar a atenção para a questão ambiental e como a internet pode ajudar a causa.
Vi André Forastieri falar muita besteira sobre imprensa e mídias digitais numa discussão sobre confiabilidade em redes sociais. Assisti também a dois debates políticos, um de Marina Silva, que eu continuo considerando uma pessoa incoerente com sua história embora a admire bastante, e outra dos coordenadores de mídias sociais das campanhas dos três principais candidatos à presidência ano passado. Uma delas, Soninha Francine, não se saiu muito bem ao meu ver, principalmente quando disse que o SBT inventou o episódio da bolinha de papel do Serra e a manada foi atrás. Falaram sobre liberdade de imprensa e contra a censura prévia imposta ao Estadão durante o caso Sarney, algo com que eu concordo.
Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações, falou sobre as perspectivas da universalização da internet no Brasil com ideias que me pareceram deveras interessantes, embora eu não saiba se vão sair do papel.
Em torno disso tudo, milhares de pós-adolescentes acampados vendo e ouvindo tudo atentamente, analisando, participando, perguntando e, com certeza, pensando como carreiras estão ligadas ao futuro do país.
Quem tiver oportunidade de visitar a Campus Party ano que vem, deve aproveitá-la. Não sei se em algum outro lugar fervilham tantas ideias ao mesmo tempo.
Atualização em 21/1: Foram distribuídas máscaras com o rosto de Julian Assange em protesto contra a perseguição ao fundador do WikiLeaks.
Musical para dar o Tom
Há 22 horas
Fui a um seminário em SP em q tb estavam os coordenadores das campanhas. A Soninha destoou do resto. O cara da Dilma falou muito bem, mas o melhor pra mim foi o da Marina.
ResponderExcluirE aí, qdo a gente vai almoçar no Centro?
Abs,
Kaz