segunda-feira, 9 de maio de 2016

O empresariado fez papel de bobo

Hoje, a colunista Monica Bergamo escreveu, na Folha de S.Paulo, que Temer está decepcionando os empresários que o apoiaram em seu golpe de Estado. Sua equipe afirma que o futuro e ilegítimo presidente não fará um "ministério de notáveis".

Pudera. Para viabilizar a derrubada de Dilma, Temer teve de prometer mundos e fundos para seus correligionários. Ministérios, diretorias e presidências de estatais e assim por diante, pois assim se faz política no Brasil. E, quando o veículo é uma ruptura institucional, o preço certamente aumenta.

Por isso alertei aos apoiadores: "Vocês sabem quem é Michel Temer?" E a resposta era sempre a mesma: "Não importa, precisamos tirar a Dilma". Temer, se empossado, fará um governo catastrófico, não é preciso ser uma Cassandra para saber. Ruim para o povo, ruim para os empresários. Mas será bom, muito bom para seus comparsas políticos e, possivelmente, para as petrolíferas estadunidenses que, há anos, estão de olho no pré-sal brasileiro, tendo em José Serra seu "representante comercial".

De fato, como dito na coluna, estão entregando a Presidência da República de bandeja para Lula em 2018.