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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sobre eutanásia e ortotanásia

Sempre que há um caso desse tipo, levantam-se as polêmicas éticas, religiosas e jurídicas. Ontem morreu Eluana Englaro, uma italiana que estava há dezessete anos em estado vegetativo. Assim como a americana Terri Schiavo, ela teve sua hidratação e alimentação artificiais suspensas até que morresse. Levou apenas quatro dias, ao contrário da americana que ficou quatorze dias até morrer de inanição ou desitratação.

Deixando claro: sou a favor do direito de morrer. Às vezes o mais importante é terminar a vida de uma forma digna ao invés de prolongá-la indefinidamente com muito sofrimento até que todos os órgãos do corpo parem de funcionar. Mas por questões legais, a prática da eutanásia (ativa) jamais acontecerá. Resta a opção pela ortotanásia (eutanásia passiva), que pode infligir sofrimento àquele cuja família optou pela morte.

Não se sabe até que ponto uma pessoa em coma profundo sente, sofre ou percebe o que se passa a sua volta. Não é possível medir o sofrimento de uma pessoa que morre por inanição sem poder expressar sua dor. Seria a eutanásia um fim mais humano? Interromper de uma vez a vida no lugar de permitir que a pessoa tenha uma morte natural e possivelmente sofrida?