terça-feira, 12 de julho de 2011

Murders and executions II

Dilma mandou o BNDES se retirar do negócio do Pão de Açúcar com o Carrefour. Não dá para entender nem por que o banco estava metido nisso, para começar, a não ser pelo fato de Abílio Diniz ter apoiado o PT nas últimas três eleições.

Não sou a favor do liberalismo, acho que o Estado deve, sim, intervir na economia. Já está mais do que provado pela década de 1990 que o mercado não se regula sozinho e que precisa de mais do que agências e legislação estrita.

Grandes conglomerados estão se unificando, vide a compra da Brasil Telecom pela Oi, as compras dos bancos Unibanco e Real respectivamente por Itaú e Santander, a compra dos postos Ipiranga pela Petrobras e a própria aquisição do grupo Sendas pela empresa de Abílio Diniz. Isso sem falar na gigantesca Ambev, que levou esse movimento a um nível internacional engolindo a belga Interbrew e a tradicional estadunidense Anheuser-Busch, dona da Budweiser, a mais "americana" das cervejas.

Não é a sua mão aí

Com isso, cai um princípio básico da economia capitalista que é o da concorrência. E o Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, parece não estar conseguindo (ou tentando) proteger o consumidor da monopolização da economia. E, por consequência, a qualidade destes serviços não tardará em cair.