Esta semana foi divulgada a morte da modelo Isabelle Caro por anorexia nervosa. Já há algum tempo, eu recebi um vídeo e fui pesquisar sobre distúrbios alimentares. Descobri que pessoas com anorexia e bulimia não se consideram doentes, mas acham que têm um estilo de vida. Elas apelidam seus distúrbios como Ana (anorexia) e Mia (bulimia), personificam as doenças e as consideram suas melhores amigas.
Fiz uma pesquisa na internet pelos termos para descobrir a gravidade da situação. Encontrei inúmeros blogs através dos quais suas autoras, maioria de garotas adolescentes, dividem suas experiências, contam sua trajetória, demonstram sua insatisfação com seu corpo e, muito frequentemente, ensinam técnicas para passar dias sem comer.
Utilizam termos como LF (low food), para comer o mínimo possivel e coisas muito leves, ou NF (no food), um dia 0 cal. Mostram como enganar o estômago, o cérebro, os amigos, os pais. Ensinam a "miar" (vomitar) após sucumbirem a sua compulsão (comer?), tiram dúvidas das internautas e apoiam umas as outras.
Escrevo este texto como um alerta aos pais que têm filhas (principalmente, mas homens também podem sofrer disso) com idades entre dez e vinte anos que aparentam levar uma vida normal, mas que parecem preocupadas demais com seu corpo. Não se iludam, elas sabem como enganar todos a sua volta e contam com uma rede ilimitada para apoiá-las.
Jazz sem amarras
Há 4 dias