terça-feira, 16 de setembro de 2008

Quebrou, afinal!

Já estava anunciado. Com as despesas mirabolantes para financiar a guerra, cortes de impostos, economia estagnada e crise das hipotecas, era de se esperar que o dinheiro acabasse mesmo para os maiores fabricantes de papel-moeda do mundo. A quebradeira dos bancos era inevitável.

Assim, os Estados Unidos deixaram de lado toda sua filosofia político-econômica do liberalismo e despejaram bilhões de dólares no mercado para conter a crise, o que não parece estar funcionando. Onde está agora a máxima de que o mercado se auto-regula? O neoliberalismo está morto e enterrado e talvez algum dia os estadunidenses descubram o que a maioria dos países europeus já sabe: é necessária uma intervenção do governo para regular disparidades, sejam elas sociais ou econômicas.

Há tempos o mundo percebeu que é muito perigoso fiar-se no dólar como moeda-lastro para suas economias, até porque ele próprio não é lastreado. Algumas economias, como a chinesa, dividiram suas reservas entre dólares e euros, que tem um Banco Central mais rigoroso e não é fabricado a esmo. Seria necessário um novo acordo nos moldes de Bretton-Woods dividindo a responsabilidade entre os países com moeda forte?

Por enquanto, o Brasil está se sustentando, apesar da queda da bolsa e da alta do dólar, que nem se comparam com tempos recentes em que o país quebrou duas vezes. Espero que o país possa sair dessa crise com um mínimo de seqüelas.

2 comentários:

  1. disse...
    Os Ianques defendem o Neoliberalismo. Para isso criaram o Neo.Personagem do Matrix vivido por Keanu Reeves, que coincidentemente libera a rosca. Enfim, um personagem Neo-liberal, sacou?

    O cara foi treinado diariamente por um negão com habilidade de fornecer pílulas, conhecido por Morpheus. Pílulas estas que mudavam o sentido de realidade.

    E o filme trouxe justamente essa máxima: O que é o Real? Quem foi Fernando Henrique. Ele libera? Puz.. dava uma bela crônica, quero dizer, quem dava era o Neo.

    Abraços sem lastros.

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  2. É isso aí Flávio. Você resumiu bem os principais pontos que motivaram a quebra do Lehman. 8 anos de inconsequência e incompetência do governo W. Bush com as questões internas(e externas também), resultaram nisso aí. Na quebra que uma instituição de 160 anos, que sobreviveu à guerras, ao Crack de 1929, enfim...
    Mas será esse ainda um efeito retardado do terrível porém genial ataque de Bin Laden às torres gêmeas ? Difícil saber. As informações que nos chegam são sempre superficiais. E agora, os EUA quebram mais um paradigma do Capitalismo, estatizando a gigante dos seguros, a AIG. Não dá mais pra se surpreender com nada nesse mundo. Abraços !

    Cândido

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