terça-feira, 5 de outubro de 2010

O PSOL e o Groucho-Marxismo

Todos nós que vimos os debates presidenciais do primeiro turno percebemos a falta de seriedade nas propostas do candidato do PSOL Plínio de Arruda Sampaio. Suas palavras propunham uma total subversão da ordem, ignorando preceitos constitucionais e pregando medidas que só seriam possíveis através de um levante armado.

Deu graça aos debates, isso é fato, mas não a mesma graça que deu, por exemplo, Marina Silva, com um discurso ponderado e coerente. Plínio deu a graça do palhaço, assim como Tiririca – mais bem sucedido –, fazendo um papel ridículo e professando disparates impraticáveis diante de milhões de pessoas.

O Partido Socialismo e Liberdade surgiu em 2004 de uma dissidência do Partido dos Trabalhadores que achava seu governo muito à direita do esperado, seguindo a cartilha neoliberal cartesianamente ditada por Fernando Henrique Cardoso, antecessor de Lula.

Muitos de seus membros haviam sido expulsos do PT por votar de forma diversa à orientação do partido, o que é considerado uma traição na política e iniciaram uma feroz oposição, à esquerda do PT. Expoente do novo PSOL, Heloísa Helena candidatou-se à Presidência da República em 2006, obtendo uma votação expressiva.

O partido pretendia ser uma alternativa, composto por nomes sérios e consagrados, como os de Chico Alencar e Luciana Genro, para citar dois. Mas a escolha de seu candidato à Presidência em 2010 deixou claro que não tem a intenção de crescer, de apresentar uma proposta séria, uma opção à esquerda para o país.

É uma nova modalidade de marxismo: o Groucho-Marxismo.

3 comentários:

  1. ah eu achei plausível a proposta de sobretaxar os ricos com uma alíquota de 45% no IR, aos moldes de países europeus cuja desigualdade social é menor

    também achei coerentes as críticas feitas a ambígua marina silva, a evangélica que quer desenvolver o norte, mas é amiga do pfl

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  2. sai daí seu zé-roela, vai estudar pra fazer a sua dissertação...

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  3. Por mais que eu aprecie comentários dissonantes, prefiro aqueles que contêm um mínimo de argumentação.

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