quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Poder relativo

Nelson Jobim quer mudar a Lei de Imprensa. Pudera! A imprensa brasileira age de forma tão irresponsável que é capaz de comprometer a estabilidade do sistema político apenas para vender mais jornais. E não é apenas isso: como no caso de Tim Lopes e dos repórteres de O Dia que foram torturados, jornalistas são capazes de expor suas vidas a um risco extremo por apenas mais uma notícia sensacionalista.

Os jornais brasileiros publicam antes de conferir a veracidade das informações e sem nenhuma reflexão acerca das conseqüências de seus atos, como se tivessem um direito transcendente de dizer o que bem entendem. E acabam destruindo a vida de pessoas como os donos da Escola Base, em São Paulo, acusados por mães paranóicas, julgados e condenados pela Globo. Esse sensacionalismo, além de desinformativo, é extremamente nocivo e perigoso.

O foco agora são os grampos. Alguém da Polícia Federal vaza informações para a imprensa, que as publica, comprometendo operações sigilosas. O Ministro da Justiça quer flexibilizar a lei para obrigar os jornalistas a divulgarem suas fontes. Será que isso é mesmo necessário?

Não basta acusar os jornalistas que o fazem de intervirem no curso de uma investigação federal? Afinal, divulgação de informações classificadas é um crime. Não é?

5 comentários:

  1. No fim de tudo, nada mudará. A imprensa vai continuar tendo sua cota de profissionais levianos e o governo vai continuar inventando desculpas pra tirar o foco do que interessa. Essa é a nossa realidade...

    ResponderExcluir
  2. O caminho para um estado de exceção (não declarado) fica mais fácil, quando se tem "inimigos" apresentáveis que legitime medidas defensivas como "flexibilizações" no contrato.

    ResponderExcluir
  3. Questão Complicara. Passarei para os universitários. Não, Não... acho que vou arriscar:

    Aprovo a lei. Por um lado teremos menos "liberade de imprensa", por outro, mais veracidade na informação.

    Fico com a verdade oprimida.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  4. Crime é questão de ponto de vista, para o Judiciário brasileiro, alguns tratam como vicio cultural a mania de burlar a lei, criar brechas. O fim do nepotismo que tem elegido tantos políticos desde 1988 é um exemplo. Em 1988, a lei disse que nepotismo estava proibido, agora em 2008 dizem que realmente vai acabar, quando nossos parlamentares propõe criação de cotas e diz que primo pode. Logo não adiantou nada, nepotismo ainda pode.

    ResponderExcluir
  5. Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu

    ResponderExcluir