terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

É impossível não cair no chavão de que a vida imita a arte. Uma experiência publicada na revista Nature Neuroscience informa que um conhecido remédio para o arritmia cardíaca e pressão alta, o propanolol, quando administrado em até 24 horas após um trauma, pode apagar essa memória potencialmente causadora de uma fobia.

É uma porta perigosa que se abre, como no filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças", em que uma firma apaga as memórias ruins de seus clientes, que acabam por repetir os mesmos erros do passado. Mas também é uma forma de se aliviar o estresse por traumas que podem se tornar bloqueios sociais.

O medo tem uma função para todos os animais que é a preservação da própria vida. Ele está diretamente conectado com o instinto de sobrevivência. Sem essas memórias, o medo não se desenvolve e os deixa muito mais vulneráveis.

Além disso, é necessário saber que efeitos o propanolol administrado com esse fim pode ter nas memórias a longo prazo. De qualquer maneira, é uma novidade interessante e que, se conduzida com responsabilidade, pode aumentar a qualidade de vida de pessoas com estresse pós-traumático.

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