quarta-feira, 4 de março de 2009

Guerra aérea

Está declarada a guerra entre Sérgio Cabral Filho, o governador almofadinha, e a Agência Nacional de Aviação Civil, aquela que não consegue organizar o tráfego aéreo brasileiro. Explico a situação: desde 2005, o aeroporto Santos Dumont só podia operar na ponte aérea, de acordo com decreto publicado pelo antigo Departamento de Aviação Civil, substituído pela ANAC.

Por causa dessa portaria, o aeroporto, que tem capacidade para operar 23 vôos por hora, estava funcionando somente com quinze. Ora, quem mora no Rio de Janeiro sabe o transtorno que é para chegar no aeroporto do Galeão (Tom Jobim), que fica na Ilha do Governador. Na hora do rush, a linha vermelha fica impossível e é necessário sair de casa com horas de antecedência para não perder o voo.

Por que não, então, aproveitar a capacidade do SDU? Porque o governador está tentando "vender" o Galeão, sem levar em consideração o que é melhor para a população da cidade. Seu medo é que parte do movimento mude de aeroporto, enfraquecendo a concorrência pela concessão do GIG – que, aliás, fica parecendo uma rodoviária em dias de pico.

Segundo o jornal O Globo, Cabralzinho "declarou guerra à Agência Nacional de Aviação Civl (...) e prometeu retaliar com elevação de impostos" porque a nova companhia aérea, Azul, ganhou um terminal, aumentando a concorrência.

Será que Cabral está perdendo alguma coisa nessa jogada? O que as outras companhias aéreas têm a oferecer que não aparece por aí?

Um comentário:

  1. A maior dificuldade talvez seja saber o que é o melhor para a população. Alguns pontos:
    -A revitalização do Galeão deve ser planejada e viabilizada.
    -A segurança do entorno do aeroporto também é importante. Tanto a aérea quanto a do chão.
    -O SDU estava impraticável antes da restrição de vôos: Filas, serviços insuficientes...

    As soluções intermediárias costumam ser as melhores...

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