quinta-feira, 7 de maio de 2009

A barganha mesquinha do PMDB

A demissão dos cargos comissionados da Infraero foi um mais um ato de moralização do que economia na folha de pagamento. Mas a moralização foi feita, basicamente, excluindo cargos do PMDB, maior partido do Brasil e componente da base aliada do Presidente que deve indicar o candidato à vice-presidência no ano que vem.

Barganha política existe e sem ela, ninguém governa. Apesar de vivermos num sistema presidencialista, o chefe de governo não consegue impor sua política sem negociar com o congresso, sejam cargos, sejam políticas específicas para grupos de parlamentares.

Mas o que o PMDB está fazendo ultrapassa a fronteira do bom senso. Segundo a Agência Estado, o partido alterou os textos de duas medidas provisórias que dizem respeito à negociação das dívidas para um índice menor (TJLP) do que o previsto no texto inicial (Selic), contrariando o que havia sido negociado anteriormente, com o único propósito de prejudicar o Executivo.

Sobra para Lula o dever impopular de vetar uma medida que poderia ajudar mais ainda empresários endividados, mas que certamente prejudicaria os cofres públicos.

2 comentários:

  1. se contar ninguém acredita, alterar um projeto como retaliação à perda de um cargo comissionado (política passa longe)!!!!

    é, como diria o césar benjamin estamos mesmo num vôo cego, o congresso cuida de suas mordomias, o executivo faz carinho no mercado financeiro e ninguém cuida do brasil, deus que nos ajude.

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  2. Viva o lobby! É assim que o dinheiro de campanhas políticas retornam aos bolsos dos investidores.

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