segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Paus e pedras

A frase virou chavão, mas a cada vez que é proferida, gera um certo calafrio naqueles que ouvem: "Eu não sei com que armas se lutará a Terceira Guerra Mundial, mas a Quarta será com paus e pedras". Albert Einstein tinha perfeita noção do potencial destrutivo do ser humano. Hoje, estamos na iminência de uma guerra de proporções catastróficas.

Depois dos ataques terroristas a Mumbai, a tensão entre Índia e Paquistão cresceu. Inimigos com motivações religiosas desde a ocupação inglesa, os dois países se separaram contra a vontade de Gahdhi em 1947 e de lá para cá já travaram quatro guerras, três concernindo à região da Caxemira, todas com armamento convencional. Entretanto, desde 1998, ambos os países passaram a ser considerados potências nucleares após testes realizados em seus respectivos territórios.

Se estourar mais uma guerra na região, qual é o limite da potência das armas que os países pretendem adotar? Se o Paquistão utilizar uma bomba atômica, como a Índia vai revidar? Que nações vão aderir e de que lado vão ficar? Diferentemente de soviéticos e estadunidenses, os princípios da doutrina MAD, pela qual nenhum lado ataca temendo a aniquilação total de ambos, não parecem prevalecer neste conflito, pois quando o fanatismo religioso está presente, nada parece segurar os homens.

3 comentários:

  1. Não tenho resposta, amigão. Acho que religião em excesso faz mal. O mesmo mal que faz em não se ter crenças. Eu voto no meio termo.

    Abraço,
    Cabeça.

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  2. Posso metaforizar?
    Durante o equilíbrio do terror, eram dois senhores distintos e bem vestidos -ao melhor estilo ocidental- com ideologias conflitantes e que possuíam porte de arma de fogo, mas que sabiam das conseqüências de um duelo caso chegassem as vias de fato. Portanto acharam melhor cooptar os menos favorecidos e deixar que brigassem entre si, mas sem letalidades. Alguns dos cooptados leais (estratégicos)e menos favorecidos materialmente conseguiram sua arma, com a agravante que o clube dos debates se desfez, restando apenas o porte de arma e instintos de sobrevivência.
    Armas nucleares: ou todo mundo tem ou que ninguém as tenha. Mas se ocorrer uma hecatombe nuclear, o planeta continuará a existir e outras formas de vida surgirão aqui e outras continuarão, como vem ocorrendo a pelo menos 4 bilhões de anos.

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  3. Caro Fábio, talvez vc não se lembre, mas nos conhecemos no mestrado da ECO qdo assisti a algumas aulas como ouvinte. Descobri seu blog por acaso. Parabéns pela iniciativa e, qdo der, conheça tbm meu blog clicando no link.

    Sucesso!

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