O Rio de Janeiro vai de mal a pior em questão de imprensa. Antes, havia dois grandes jornais com linhas editoriais distintas, O Globo e o Jornal do Brasil. Ainda que ambos tivessem um viés mais direitista, o primeiro era mais dirigido à classe média e o segundo, mais elitista. Para as classes mais baixas, existia O Dia, que foi melhorando de qualidade até o golpe do lançamento do Extra, pela empresa do Roberto Marinho, que era vendido a um preço ridiculamente baixo (R$0,25, se não me engano).
Hoje, não há mais JB. Há, mas não há. Inclusive há boatos de que a edição impressa deixará de circular e o jornal vai ser publicado exclusivamente online. O nível do Dia teve de descer ao do Extra para fazer frente junto ao seu público. Sobrou apenas O Globo.
O que me incomoda no jornal não é somente a linha editorial baseada no denuncismo e na busca pela desordem institucional. É o sensacionalismo, que ultimamente vem se colocando no nível dos programas mais vulgares como o de José Luiz Datena e Wagner Montes. A imagem abaixo é um excerto da edição online de hoje de manhã. Se espremer, sai sangue.
Musical para dar o Tom
Há 2 dias
A Globo (como grupo de mídia) joga muito na "cartelização", não? Quando surge algo voltado para um nicho que eles não conseguem atingir eles criam um meio (jornal, nesse caso) para usar como fachada e disputar com a concorrência. Econômicamente isso é correto, mas não faz nenhum bem pra imprensa carioca.
ResponderExcluirConcordo!
ResponderExcluirEsse denuncismo na imprensa fez-me cancelar a minha assinatura do O Globo, simplesmente não leio mais esse jornal. A realidade é que a imprensa como um todo está passando por significativas mudanças por conta da inovção tecnológica e creio que alguns veículos pensam que venderão mais "papel" se postarem em suas páginas manchetes polêmicas.
No setor fonográfico, as gravadoras que antes vendiam discos, atualmente vêm tendo de aprender a vender música. Na imprensa não é diferente: se antes vendia-se "papel", agora devem vender notícia.
Abração
Léo Morel
Muito, mas muito cuidado com o que se lê. Eu gosto de referências. E gosto também da fidelidade do produto final à referência citada. Uma vez fiz um trabalho de geografia. Deveríamos pegar uma reportagem sobre a globalização e comentar. Peguei uma reportagem do jornal "o dia" e comentei usando as palavras de uma reportagem do jornal "o globo". Tirei nota máxima. Achei muito engraçado.
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