Dubai não tem petróleo, mas parecia uma terra paradisíaca para os bilionários, principalmente homens de negócio e dos esportes. A explosão imobiliária do emirado atraiu milhares de pessoas, em sua maioria investidores e trabalhadores de multinacionais que foram em busca de dinheiro. Pessoas que antes eram de classe média começaram comprar imóveis ainda em construção.
Ilhas artificiais foram criadas, um complexo chamado "The World" que lembra os filmes futuristas de ficção científica. Um hotel em pleno mar, um complexo imobiliário em forma de palmeiras e uma dívida de quase cem bilhões de dólares foram o resultado desse empreendimento que prometia preparar a região para o futuro.
Esqueceram-se os ricos imigrantes de que se tratava de um emirado com leis rígidas e pouco inteligíveis para nossa cultura ocidental. Depois da crise de 2008, as obras foram paralisadas e quem pôde fugiu de lá deixando para trás carros, imóveis e o sonho da Ilha da Fantasia. Quem não fugiu e não pagou as dívidas foi preso e condendado.
No final de novembro, Dubai anunciou uma moratória de US$59 bilhões. Algo normalmente não tão grave, já que a prática é comum e não costuma acarretar em maiores consequências para os países em longo prazo: eles usam o dinheiro economizado com o não-pagamento da dívida para seu desenvolvimento e a renegociam com um belo desconto, às custas de sua confiabilidade. Mas Dubai não tem indústria. Não tem petróleo. Não tem água. Tem concreto e areia.
Musical para dar o Tom
Há 2 dias
Meu Deus, não sabia que a situação lá atualmente era essa...
ResponderExcluirAbraço !
Realmente as novelas da Globo não são grandes fontes de dados sobre geopolítica...Me explicaram tudo errado...
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