quinta-feira, 26 de junho de 2014

Salada política

Romário passou todo o seu mandato criticando a forma como a Copa do Mundo estava sendo conduzida. Agora ele é aliado do PT e deve perder seus eleitores que o consideravam uma alternativa à mesmice. O PSoL tinha um candidato à presidência que vinha conquistando simpatia dos eleitores. Agora ele é candidato ao governo do Amapá e, em seu lugar, se apresentou a infame Luciana Genro. Cesar Maia era candidato ao governo do Rio, para alguns, se apresentando como uma opção menos ruim do que os quatro líderes nas pesquisas. Agora acha que pode fazer frente a Romário e decidiu candidatar-se ao Senado com o apoio do PMDB de Luiz Fernando Pezão e de seu desafeto Eduardo Paes. Mas Maia vai apoiar Aécio Neves para a presidência, e não Dilma, candidata oficialmente apoiada pelo partido dominante da cena fluminense.

A política é assim: uma salada mista em que a promiscuidade não poupa quase ninguém. Em época de eleição, a coisa piora, pois a disputa é por tempo de televisão, subidas em palanques, apoios e imagem. Uma vez formado o cenário, os partidos se recombinam pela maioria no Congresso, por ministérios e verba para os projetos de seus deputados.

Isso significa que, por mais que tenhamos uma radiografia do momento político atual, o futuro não é totalmente previsível, pois depende de barganhas, muitas vezes financeiras, e acordos. E os políticos, se querem ter alguma chance nas eleições, precisam se juntar a adversários e tomar algumas atitudes impopulares.

Não gostou? Existem botões de branco e nulo na urna eletrônica. Mas aí só vão valer as opiniões dos outros e você, achando que protestou, vai ter ficado calado.

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