Há muitos anos, assisti a um documentário do escandaloso Michael Moore chamado "Roger & Me" que tratava da miséria em que ficou a sua cidade natal, Flint, em Michigan, EUA, após a remoção de uma fábrica da General Motors para o México nos anos 80. O "Roger" do nome é o então CEO da empresa Roger Smith, que morreu no ano passado, perseguido por Moore para dar uma entrevista a respeito do deslocamento da fábrica.
Hoje, a GM está à beira da falência. Os Estados Unidos estudam um pacote de ajuda à indústria automotiva, mas a demora em aprová-lo devido à exigência de um plano de viabilidade por parte dos congressistas para liberar o dinheiro pode ter conseqüências irreversíveis.
Não é impossível que a GM ou a Ford fechem as portas em definitivo, ou sejam vendidas para uma montadora indiana, chinesa ou mesmo européia. Suas dívidas estão muito acima de sua capacidade de pagamento e as empresas estão sem capital para manter as indústrias funcionando.
O que será que Roger Smith diria nesse momento?
Musical para dar o Tom
Há um dia
Talvez, o Roger, diria que se não tivesse feito o que fez, a GM teria fechado suas portas, já naquela época. Tendo em vista a concorência japonesa. Eu vi esse documentário há uns 5 anos (acredite, no SBT, de madrugada). É realmente chocante ver as pessoas morrendo de fome. Só acho que o Moore deveria ter dado um pulinho na cidade mexicana que recebeu a montadora. Muitos antiamericanos ririam dessa transferência de renda, não acha? A binômio capital/trabalho é complexo, e demanda um debate sério e desapaixonado sobre a necessidade de reduzir a flutuação dos seus níveis.
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