Quando na segunda temporada de 24 horas David Palmer apareceu como presidente, achei até graça. O mundo acabaria antes dos estadunidenses elegerem um presidente negro. Permaneci com minha opinião durante as primárias e até quando Obama foi oficializado candidato. Fico feliz em ver que estava errado.
O que aconteceu ontem nos Estados Unidos é mais do que uma novidade: é uma mudança de atitude do povo americano, uma diminuição no conservadorismo wasp e yuppie, e um claro indicador de que o racismo vem diminuindo consideravelmente – e deve diminuir mais caso o presidente eleito faça uma boa administração. Barack Obama é negro de origem muçulmana, leva Hussein em seu sobrenome e está bem à esquerda do que os estadunidenses estão acostumados.
O voto pela mudança teve mais de um motivo. Além da crise econômica, que estourou na mão dos republicanos, com uma perspectiva alta de desemprego e recessão, houve o fator Sarah Palin, um tiro no pé dos republicanos. A candidata a vice passou toda a campanha se explicando, ficou com a pecha de corrupta e radical de direita. Se alguém tinha medo do que Obama era capaz de fazer, o medo de Palin era maior. E assim McCain perdeu a eleição, para o bem dos EUA e do resto do planeta.
Podemos esperar grandes mudanças na política externa e interna dos Estados Unidos, com a diminuição do favorecimento às indústrias bélica e petrolífera, aplicação de dinheiro no desenvolvimento econômico, um enfoque mais ecológico da indústria, entre outras medidas. Resta agora descobrir se elas serão executadas com competência.
Musical para dar o Tom
Há 23 horas
O vice-presidente dele é um especialista em política externa, pelo menos esse canal de comunicação estará sujeito a menos "ruído".
ResponderExcluirPost show de bola! Bom Texto Mestre!
ResponderExcluirO Obama vai precisar de muitos Jack Bauers...
ResponderExcluirO governo do Obama não vai ser tão diferente assim, não vai ser nada revolucionário. O fato de ele ser negro, apesar de animador, na prática não vai fazer nenhuma diferença. Ele é um negro com idéias iguaizinhas às dos brancos democratas que o precederam. A cor da pele, na verdade, é um detalhe dos menos importantes. A única certeza é que será melhor que o Bush, até porque pior impossível.
ResponderExcluirPara início de conversa, sem querer insinuar e já insinuando, será que os conservadoristas deixam ele chegar até o final do mandato?
ResponderExcluirPara fim de conversa, ainda mais se não tocar conforme a banda das indústrias do petróleo e da guerra.
Aláh salve Obama!
Ñ esquecer do fator Bush. Basta ver como McCain se descolou dele, e como ele se manteve afastado da campanha republicana. Sim, ele foi educado em Harvard, mas só quem é diferente sabe como é. Basta assistir ao documentário Blue Eyes. Ñ se pode esperar revoluções nos EUA, mas o foco será diferente, muito diferente. Já q ñ tivemos Gabeira, Obama nos satisfaz.
ResponderExcluirO GNT apresentou hoje uma biografia de Obama - talvez mais fast-food do q a antes veiculada pela CNN, mas ainda interessante. Parece q Obama meio q planejou toda sua trajetória. Bem, a história é escrita pelos vencedores... Mas até agora todos os seus passos têm sido isentos de rompantes ou emoções transbordantes. Talvez o Palmer de 24 h já refletisse Obama. Q nenhum Jack Bauer sanguinário atrapalhe.
ResponderExcluirQue curioso... Alcancei este blog através do site do Olavo de Carvalho... Mais misterioso que o manto de obscuridade que encobre TODA a trajetória política do Obama é o fato quetorne plausível o porquê deste post digno de um roteirista da "Malhação" ter sido acessado por lá... Enfim...
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